
Procura-se mestres, que tenham brilho no olhar.
Que sintam emoção de ensinar.
Que dediquem tempo e habilidade.
Num lugar onde só existem pedras brutas.
Na ótica daqueles que não conseguem enxergar.
Que ali, há diamantes para lapidar.
A capacidade de ensinar gera satisfação ao ser humano. Em diferentes culturas, por muitos séculos, homens e mulheres desenvolveram as mais diversas formas de ensinar alguma coisa a alguém.

Ao ensinar, o ser humano afirma sua importância para si próprio. Ele amplifica seus sonhos, e os torna reais, através do outro, num tempo ou espaço que ele nunca iria alcançar.
Ensinar de forma eficiente é uma busca onde encontram-se as diferentes culturas, religiões, partidos políticos ou empresas. A continuidade de cada uma delas depende diretamente de sua capacidade de ensinar.
Ensinar em circurstâncias adversas, é um desafio que foi superado por milhares de homens e mulheres aparentemente comuns, mas que sacudiram o mundo de sua época, através da convicção de aprendizagem de seus alunos.
Os avanços da medicina, da ciência em geral e da tecnologia só são possíveis graças à capacidade de cada geração em ensinar à geração seguinte as suas descobertas, as suas aquisições, e principalmente os erros a não serem repetidos.
Líderes visionários, buscam formas de moldar seus sucessores. As empresas investem milhões para treinar seus funcionários. Bons hospitais atuam em parceria com faculdades de medicina e escolas de enfermagem a fim de garantir a continuidade da qualidade de seus serviços. Famílias fortes dedicam milhares de horas em transmitir através da tradição oral e do exemplo seus ensinamentos aos descendentes.
Você já se perguntou, qual seria o produto mais desejado por todas as empresas, comunidades, governos, famílias, escolas, instiuições? Qual a fórmula que deveria ser guardada a sete chaves, e disputada por cada uma delas? A fórmula de como ensinar de maneira eficiente.
Qual o profissional a ser respeitado, acima de todos em sua sociedade? Qual profissional que seria disputado por todos os segmentos, e poderia se dar o direito de fazer a sua escolha profissional não baseada na remuneração, mas nas finalidades de quem o contrata?
A resposta não é simples: o profissional que domina plenamento o conhecimento de ensinar. A pessoa que tem habilidade de saber como ensinar, porque ensinar, quando, e de que forma – independente que qual seja sua formação acadêmica..O profissional que sabe ensinar mais e melhor. Que sabe gerir os recursos disponíveis para tornar eficiente a sua função. Que não dá às circunstâncias indesejáveis, a possibilidade de destruir sua persistente disponibilidade de ensinar.
O professor perde a honra em sua sociedade, quando definha em sua capacidade de ensinar. Quando seus resultados não apontam a sua inequívoca capacidade de ensinar.
Um médico que não sabe aliviar a dor, um engenheiro que não saber calcular o peso que sua construção vai suportar, um padeiro que deixa o pão abater, um atacante que não consegue fazer gols. Ah, e um professor que não sabe ensinar. São todos, profissionais que sem prestígio. Ao menos que re-descubram a forma de fazer seu trabalho funcionar.
Lamentável, é que, enquanto multiplicaram-se os cursos que propõe-se a formar professores, extinguiram-se aqueles que passo a passo, nos explicavam a maravilhosa ciência de ensinar.
Temos milhões de pessoas habilitadas a discutir políticas educacionais, e inúmeros conhecedores da filosofia, da sociologia e da psicologia da educação. Admiro todos eles, mas confesso, que eu investiria naqueles que sabem o maior segredo de todos os tempos. O segredo de como ensinar!